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BIOSSEGURANÇA
Novo presidente da CTNBio se diz contra rotular transgênico
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Escolhido ontem presidente da CTNBio (Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança), o agrônomo Edilson Paiva defendeu a liberação comercial de plantas geneticamente modificadas e
criticou a oposição a esses
organismos. "Trabalhamos
com a fronteira do conhecimento, e os grupos contrários são muito eficientes em
assustar", disse à Folha.
Cabe à CTNBio analisar
pedidos de pesquisas e de liberação comercial de organismos geneticamente modificados. Nos últimos quatro anos, foram liberadas 20
variedades transgênicas de
milho, algodão e soja. As primeiras aprovações ocorreram depois de constatado o
plantio clandestino de soja e
algodão transgênicos.
Atualmente, há oito novos
pedidos em pauta, inclusive
da primeira variedade de arroz transgênico no país. Para
Paiva, variedades transgênicas "são uma necessidade,
uma realidade para a qual
não há retorno".
Pesquisador da Embrapa
por 35 anos, com doutorado
em engenharia genética, ele
cita que culturas geneticamente modificadas já ocupam mais de 140 milhões de
hectares no mundo.
Paiva se manifestou contrário à rotulagem de alimentos que contenham
transgênicos: "Pessoalmente, acho que seria desnecessário, porque esses alimentos não causam nenhum risco". No final do ano passado,
na condição de vice-presidente da CTNBio, alinhou-se com o então presidente
Walter Colli na interpretação que desobriga as empresas que comercializam ou
usam transgênicos na produção de alimentos de rastrear esses eventuais efeitos
após a liberação comercial
de determinada variedade.
(MARTA SALOMON)
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