São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2008

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BIOLOGIA

Polvo da Antártida é "fóssil vivo" de molusco ancestral

M. Rauschert/Censo da Vida Marinha
Espécimes de polvo coletados pelo Censo da Vida Marinha

DA REUTERS

Uma espécie de polvo que viveu há 30 milhões de anos em águas profundas perto da Antártida foi a ancestral da maioria das espécies desse tipo de animal que existem hoje. A descoberta surgiu a partir de um censo de animais marinhos que ainda está em andamento, mas já encontrou o parente mais próximo desse polvo ancestral, entre diversas outras criaturas.
O molusco Megaleledone setebos provavelmente se espalhou pelo mundo durante o período geológico em que boa parte do oceano Austral ficou recoberta por gelo, uma mudança ambiental que fez com que correntes marinhas ricas em oxigênio passassem a fluir para o norte.
"Isoladas nas condições de um novo habitat, muitas espécies diferentes evoluíram", afirma um documento publicado pelo programa de pesquisa. "Alguns polvos, por exemplo, perderam as bolsas de tinta que usam para defesa -inúteis em águas permanentemente escuras."
O Censo da Vida Marinha fez também outras descobertas intrigantes, como uma aglomeração de tubarões-brancos no leste do Pacífico, uma espécie de alga que sobrevive a 25C negativos na Antártida e um camarão a 4.000 m de profundidade.


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