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Inpe ajudará a ONU a monitorar desmate
DA ENVIADA A COPENHAGUE
O Inpe (Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais) fechou
um acordo com a FAO (agência
da ONU para agricultura e alimentação) para fornecer tecnologia de monitoramento de
florestas em 20 países da bacia
do Congo a partir de 2010.
Responsável por 17% do gás
carbônico emitido no mundo, o
desflorestamento é um ponto-chave na redução das emissões.
Estima-se ações em florestas e
agricultura possam responder
por 80% do que é necessário
em mitigação dos gases-estufa.
"A longo prazo, o Brasil quer
ser um centro de tecnologia
avançada em monitoramento
de áreas tropicais do planeta
por sensores de satélite", afirmou à Folha Gilberto Câmara,
o diretor do Inpe.
Inicialmente, o programa estabelecido no acordo deve custar em torno de US$ 20 milhões para treinamento e capacitação da estrutura local. O dinheiro virá de um fundo norueguês. Segundo Câmara, a expectativa é ter os primeiros resultados em três anos.
O mecanismo de monitoramento e verificação é uma das
bases do programa da ONU de
Redd (redução de emissões por
desmatamento e degradação
florestal). "O trabalho feito pelo Inpe abre caminho para o
monitoramento de larga escala
do desmatamento e da degradação florestal, provendo dados precisos e transparentes
para o público", disse a FAO.
Câmara afirmou que em um
segundo passo a transferência
tecnológica se estenderia a outros países da América Latina
-ele não cita prazos nem custos, no entanto. O Brasil já coopera com o Peru e a Bolívia na
região amazônica.
(LC)
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