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Depois de vexame, chefe do IPCC diz que permanece no cargo
Indiano Rajendra Pachauri diz que continua presidente, apesar de relatório pedindo saída
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente do IPCC (painel de mudanças climáticas
da ONU), Rajendra Pachauri,
disse ontem que não pretende renunciar ao cargo.
A afirmação aconteceu durante a abertura de um evento do IPCC com a participação de 300 representantes,
vindos de 130 países, em Busan, na Coreia do Sul.
Pachauri -que em 2007
recebeu em nome do painel o
Nobel da Paz, dividido com
com o ex-vice-presidente dos
EUA Al Gore- reconheceu
que houve "erros e falhas"
em sua gestão, mas rechaçou
a possibilidade de afastamento do cargo.
"Mudanças em uma organização tão importante e
complexa como o IPCC são
inevitáveis e já passaram da
hora", disse ele.
Essa foi a primeira reunião
do IPCC após a divulgação de
um relatório, em 30 de agosto, que sugere várias reformas no painel. Entre elas, a
impossibilidade de reeleição
do mandato de seis anos do
presidente do grupo.
Eleito pela primeira vez em
2002, eles está no segundo
mandato à frente do IPCC.
A pressão por sua saída começou no início do ano,
quando veio à tona uma série
de falhas nas informações divulgadas pelo painel.
O principal erro foi a projeção de que as geleiras do Himalaia poderiam derreter já
em 2035 -bem antes das previsões mais catastróficas.
Apesar dos erros, várias revisões científicas referendaram a maioria das conclusões do IPCC, inclusive a
principal delas: há fortes indícios de que o homem seja o
principal causador do aquecimento global.
Na sessão de ontem, nenhum país pediu que Rajendra Pachauri deixasse a presidência da entidade.
Alguns diplomatas afirmam que forçar sua saída poderia dar novo fôlego às atividades do IPCC, embora os céticos do clima pudessem usar
o fato como reconhecimento
de que o relatório do grupo
estava equivocado.
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