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AMBIENTE
Governo é a favor de mais estudos, mas continua contra maior proteção
País mantém posição sobre mogno
DA REDAÇÃO
O Brasil não pretende mudar
sua posição sobre a proposta de
aumento à proteção ao mogno,
que deverá ser votada amanhã
num encontro internacional sobre o comércio de espécies ameaçadas no Chile. A postura brasileira, contrária à proposta, tem causado protestos de ambientalistas.
Na última sexta-feira, o ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, divulgou uma nota
na qual anunciou que o governo
defenderá a prorrogação do mandato de um grupo de trabalho formado pelos países produtores
(como Brasil, Bolívia e Peru) para
avaliar o estado do mogno.
Segundo o Itamaraty, no entanto, isso não deverá influir na posição brasileira na 12ª reunião da
Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies
Ameaçadas de Fauna e Flora), em
Santiago. "São coisas diferentes",
disse à Folha a diplomata Midzi
Gurgel Valente, negociadora-chefe do Brasil no encontro.
A Guatemala e a Nicarágua defendem a inclusão do mogno no
chamado apêndice 2 da Cites, no
qual importadores e exportadores têm de se responsabilizar pela
origem da madeira. O Brasil teme
que a inclusão seja usada por países desenvolvidos como barreira
não-tarifária ao mogno brasileiro
e quer que a espécie permaneça
no apêndice 3, categoria na qual
só o exportador exerce o controle.
Segundo Carvalho, a inclusão
no anexo 2 "pode agravar a situação atual" da espécie. Gurgel disse
que a o GT do mogno fez um "ótimo trabalho", mas que ainda falta
informação sobre a espécie.
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