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ENERGIA
EUA cortariam 7% do CO2 com casas eficientes, diz pesquisa
RICARDO MIOTO
DA REPORTAGEM LOCAL
Para salvar o mundo, não
se fie em tecnologias revolucionárias. Primeiro porque
elas não surgem de uma hora
para outra -e o planeta tem
pressa. Segundo porque são
caras. Os Estados Unidos poderiam reduzir as suas emissões de CO2 em 7% apenas
aumentando a eficiência
energéticas no consumo doméstico, que inclui casas e
carros. Quem diz é Thomas
Dietz, ecólogo da Universidade do Estado de Michigan.
Pode parecer pouco, mas
isso é o mesmo que todas as
emissões da França. Se as residências dos EUA fossem
uma nação, ela emitiria mais
CO2 do que todas as outras,
exceto a China.
Pensando nisso, as propostas de Dietz, publicadas
no mês passado no periódico
"PNAS", passam por trocar
modelos antigos de ar condicionado, utilizar carros menos beberrões e adotar atitudes como botar a roupa para
secar ao sol.
Cortar CO2 residencial não
é uma ideia nova. "O plano
do Reino Unido, por exemplo, tem toda uma parte relacionada às casas, ao usuário
final", diz o economista José
Eli da Veiga, da USP.
Emitindo espero
Dietz e seus colegas, porém, evitam ir fundo quando
surge a questão principal: como fazer com que as pessoas
colaborem. Falam em "incentivos financeiros" e em
"campanhas na mídia", mas
evitam sugerir regulamentação governamental, leis.
"Ao mesmo tempo em que
não se pode subestimar os
movimentos que vêm da sociedade, o governo não pode
ficar esperando que cada um
tome a iniciativa", diz Veiga.
Além disso, Veiga pensa
que reduções de consumo
em casas não podem servir
como justificativa para esquecer as indústrias e outros
setores. "Não pode ser só
uma coisa ou outra."
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