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Adaptação pode ser maior conquista
DA ENVIADA A POZNAN
A área de florestas até
agora é a que mais obteve
consenso dentro da conferência de Poznan. Segundo o diplomata brasileiro
Luiz Alberto Figueiredo
Machado todos os países
concordam com a idéia de
que a redução do desmatamento terá de ser apoiada
com verba internacional.
Mas ainda não há consenso sobre qual será a
forma do financiamento
-se por meio do mercado
de carbono ou não.
Já a área de mitigação
pouco avançou. Poucos
países mencionam suas
metas de redução. A UE
afirma que cortará 20%
das emissões (em relação a
1990) até 2020. O Reino
Unido fala em reduzir 80%
até 2050, e a Austrália, em
60% até 2050.
O Brasil defende a idéia
de que as metas não precisam ser "engessadas" e
que devem ser revistas periodicamente. Para o país,
os prazos deveriam ser
menores -o horizonte de
redução para 2020 é considerado muito longo.
Outra pendência que será discutida hoje é o fundo
de adaptação às mudanças
climáticas, que pode ser a
maior realização de Poznan. A Suécia anunciou
ontem que dará US$ 500
milhões para adaptação
nos países vulneráveis nos
próximos três anos.
Barrados
Alguns países africanos,
os mais vulneráveis ao clima, não conseguiram nem
mesmo sentar à mesa para
debater: seus delegados
não conseguiram visto para a Polônia e alguns chegaram atrasados à conferência. Um delegado do
Maláui foi barrado na Europa e teve de voltar.
(AB)
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