São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

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Adaptação pode ser maior conquista

DA ENVIADA A POZNAN

A área de florestas até agora é a que mais obteve consenso dentro da conferência de Poznan. Segundo o diplomata brasileiro Luiz Alberto Figueiredo Machado todos os países concordam com a idéia de que a redução do desmatamento terá de ser apoiada com verba internacional.
Mas ainda não há consenso sobre qual será a forma do financiamento -se por meio do mercado de carbono ou não.
Já a área de mitigação pouco avançou. Poucos países mencionam suas metas de redução. A UE afirma que cortará 20% das emissões (em relação a 1990) até 2020. O Reino Unido fala em reduzir 80% até 2050, e a Austrália, em 60% até 2050.
O Brasil defende a idéia de que as metas não precisam ser "engessadas" e que devem ser revistas periodicamente. Para o país, os prazos deveriam ser menores -o horizonte de redução para 2020 é considerado muito longo.
Outra pendência que será discutida hoje é o fundo de adaptação às mudanças climáticas, que pode ser a maior realização de Poznan. A Suécia anunciou ontem que dará US$ 500 milhões para adaptação nos países vulneráveis nos próximos três anos.

Barrados
Alguns países africanos, os mais vulneráveis ao clima, não conseguiram nem mesmo sentar à mesa para debater: seus delegados não conseguiram visto para a Polônia e alguns chegaram atrasados à conferência. Um delegado do Maláui foi barrado na Europa e teve de voltar. (AB)


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