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Indústria apresenta proposta conservadora para Copenhague
CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) aproveitou ontem a vinda de
Al Gore ao Brasil para apresentar suas propostas para a conferência de Copenhague. O documento não fala em metas de
corte de emissões para o setor,
limitando-se a elogiar o Brasil
como "economia verde" e a listar tópicos "para o debate".
O documento diz que, no âmbito da COP-15 (a conferência
de Copenhague), "o que se espera do Brasil são compromissos de erradicação do desmatamento ilegal". Não menciona o
crescimento de 77% das emissões do setor industrial e de
56% no de transportes (acima
do PIB) entre 1994 e 2007.
Afirma que a Fiesp "não se
omitirá" diante do impacto
causado pelas mudanças climáticas e liderará a produção de
inventários e estudos setoriais
para estimular as empresas a
adotarem, voluntariamente,
metas de redução.
Mas diz também que os compromissos assumidos na COP-15 deverão ter como prioridade
a "inclusão social e o nivelamento de assimetrias regionais" -ou seja, desenvolvimento em primeiro lugar.
As principais propostas são
para o comércio, com a intenção de refutar leis nacionais sobre clima que possam distorcer
o comércio internacional. Na
área de energia, a Fiesp defende "adequar a participação" de
geração por biomassa e vento,
além de nuclear e gás natural.
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