São Paulo, segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

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CLIMÁTICAS

TAPAS...
Dilma Rousseff cortou Carlos Minc três vezes na entrevista coletiva de ontem. Em uma, disse que ele não estava entendendo a questão em discussão. Em outra, virou os olhos em desaprovação após citar a demora na liberação de licenças ambientais para construir hidrelétricas -o que, diz ela, obriga o país a recorrer ao carvão e ao óleo combustível, sujos.

...E BEIJOS
O ministro do Meio-Ambiente fez poucas intervenções para completar a fala da colega, que preferiu recorrer ao embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil, quando tinha dúvidas. Mas na saída do hotel onde recebeu os jornalistas, Dilma os deixou ouvi-la dizendo que não vivia sem Minc, sorridente ao seu lado.

ABECEDÁRIO
Questionado sobre se existem divisões dentro da delegação brasileira na COP-15, Minc não negou. Mas disse que, na negociação envolvendo outras nações, o Brasil deverá ter uma postura única. "Aqui a gente tem que ter uma posição de governo", disse. "Já são 192 países. Imagina se cada país tiver uma posição A, B ou C."

CURTINDO NA COP-15
O ator/ativista ambiental Vitor Fasano desembarcou sábado na capital dinamarquesa para acompanhar as negociações do clima. "As primeiras impressões são de que os governantes não estão representando seus povos", disse ele, que ainda não tinha conseguido buscar sua credencial no Bella Center, local da conferência, e circulava em um evento sobre florestas.

METAS? QUE METAS?
À frente de uma associação de defesa da Amazônia, Fasano ignorava que o Brasil tinha fixado meta de corte de emissões. Após dizer que o país devia oferecê-la e ser informado que ela já existia, ele titubeou. "Não foi essa ainda a proposta final, né?" Diante da confirmação, pediu mais. "Se for isso eu acho um grande ganho. Mas ainda temos de fazer a nossa lição de casa e criar varas ambientais."

PRISÃO MULTIÉTNICA
Mais 200 pessoas foram detidas no segundo dia de protestos em Copenhague. O número de manifestantes foi bem menor do que os 40 mil da véspera, quando baderneiros se infiltraram na marcha. A polícia diz que o total de detidos no sábado chegou a 968, mas só 13 ainda estão presos. Americanos, japoneses, quenianos, mongóis, chineses, turcos e europeus de toda parte estão na lista.


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