São Paulo, terça-feira, 15 de março de 2011

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Achado solapa ideia "culinária" sobre cérebro

DE SÃO PAULO

Grosso modo, a hipótese do macaco cozinheiro, defendida pelo primatólogo britânico Richard Wrangham, da Universidade Harvard, diz que saber cozinhar fez bem ao cérebro dos hominídeos.
A ideia é que a digestão se tornou mais fácil, e a energia antes gasta pelo aparelho digestivo ficou disponível para alimentar cérebros maiores e mais sedentos por energia.
Segundo esse raciocínio, as técnicas de cozinhar alimentos já teriam aparecido há 1,6 milhão de anos, mais ou menos a época na qual há uma grande expansão no tamanho do cérebro do Homo erectus (ancestral cujo cérebro tem dois terços do volume do nosso).
"A proposta de Wrangham, de que você precisa de carne cozida para aumentar o cérebro, é uma hipótese interessante, mas ainda não há fatos arqueológicos que a apoiem", declarou Paola Villa à Folha.
"Agora, cabe aos biólogos encontrar dados e razões para provar que estamos errados", continua a pesquisadora italiana.
Ela também argumenta que o aumento do cérebro dos hominídeos pode ter outras explicações.
"Alguns enfatizaram a importância da caça cooperativa e da necessidade de desenvolver aptidões sociais para trabalhar em grupos. Seres humanos, assim como chimpanzés e golfinhos, possuem essas aptidões", conclui. (RBN)


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