São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010

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AQUECIMENTO GLOBAL

Relatório inocenta cientista de fraudar dados sobre clima

DA REPORTAGEM LOCAL

Os cientistas da Universidade de East Anglia (Reino Unido) envolvidos no ano passado no episódio apelidado de "Climagate" não agiram de má-fé, concluiu um inquérito independente.
Entre os inocentados está Phil Jones, diretor da Unidade de Pesquisa Climática da universidade. Ele se afastou do cargo depois que milhares de e-mails roubados do servidor da universidade vieram a público, lançando suspeitas sobre a honestidade da ciência do clima.
No mais famoso dos e-mails, Jones diz a um colega que tinha usado um "truque" para "esconder o declínio" das temperaturas. Outros e-mails punham em dúvida a transparência e a qualidade dos registros de temperatura feitos pela universidade, que baseiam modelos de clima usados pela ONU.
O inquérito foi liderado por Ron Oxburgh, ex-líder do comitê de Ciência da Câmara dos Lordes, e envolveu especialistas de várias instituições, a pedido da própria universidade. O objetivo era avaliar se os cientistas tinham manipulado dados para ressaltar o peso humano no aquecimento global.
Foram examinados 11 trabalhos científicos publicados pelos climatologistas de East Anglia em 20 anos. O relatório diz que, ainda que fossem "um pouco desorganizados", e não compartilhassem dados, os climatologistas não fraudaram estudos.
O comitê, porém, não deixou de fazer algumas críticas. Entre elas, a de que o grupo deveria ter se aproximado mais de estatísticos, o que teria aumentado a precisão de suas conclusões sobre tendências climáticas.
Em março, outra investigação, do Parlamento britânico, dizia que os cientistas não tinham fraudado pesquisas. Ainda há um terceiro inquérito em andamento.


Com agências internacionais

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