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Para Bush,
economia vem
em primeiro
DO "NEW YORK TIMES"
A filosofia ambiental da administração de George W. Bush foi
resumida em uma recente entrevista pelo diretor da Agência de
Proteção Ambiental dos EUA,
Michael Leavitt, na seguinte frase:
"Não há progresso ambiental sem
prosperidade econômica".
"Uma vez que perdermos a
competitividade, nossa capacidade de obter ganhos ambientais
também estará comprometida.
Não há nada que promova a poluição como a pobreza." A declaração do diretor gerou polêmica.
Forte opositor da atual política
ambiental, o senador do Estado
americano de Vermont, James M.
Jeffords, membro do Comitê de
Trabalho Público e Ambiente,
disse o seguinte sobre a eventual
reeleição de Bush: "Espero que a
administração Bush continue a
violar medidas destinadas à proteção da saúde pública e do ambiente. Espero também que sua
administração entre para a história dos Estados Unidos como o
maior desastre com relação à saúde pública e ao ambiente".
Legado
Para muitos grupos ambientalistas, o legado de Bush pôde ser
sentido logo no primeiro ano de
governo, devido a uma série de
medidas, amplamente divulgadas, que efetivamente repudiavam decisões tomadas pela administração de seu antecessor na Casa Branca, Bill Clinton.
Bush recuou de sua promessa
de campanha de regular emissões
de dióxido de carbono e abandonou o Protocolo de Kyoto, acordo
internacional assinado em 1997
que visa reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa pelas nações industriais.
Em seguida, sua administração
tentou, sem sucesso, criar uma lei
que liberasse a exploração de óleo
na Reserva Nacional da Vida Selvagem do Ártico. Também conseguiu derrubar temporariamente
uma proposta de Clinton de reduzir para 80% o nível tolerável de
arsênico na água destinada ao
consumo humano.
O governo Bush acredita que a
solução para a poluição virá do
próprio mercado e propõe que as
indústrias possam compensar a
emissão de poluentes comprando
créditos de outras fábricas, menos
poluentes. "Ao invés de perdermos décadas e milhões [de dólares] em brigas judiciais, o melhor
é criar incentivos e não ditar proibições", afirmou Leavitt.
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