São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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Nasa anuncia foguete superpotente para ir ao espaço profundo

Dispositivo poderá ser usado em missão a Marte; primeiro voo está previsto para 2017

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Após meses de debate, a Nasa finalmente anunciou como pretende lançar suas naves para explorar Marte e outros pontos do espaço profundo. A agência espacial americana afirmou que construirá o foguete mais potente de todos os tempos.
Batizado de SLS (Sistema de Lançamento Espacial, na sigla em inglês), o novo dispositivo foi divulgado ontem com alarde pelo administrador da Nasa, Charles Bolden, e por membros do Congresso dos Estados Unidos.
Superpotente, o novo sistema permitirá levar até 143 toneladas por viagem e usará um sistema de combustível com hidrogênio e com oxigênio líquidos. A agência já informou que haverá licitação para a construção dos propulsores do foguete.
"Esse sistema de lançamento irá criar empregos bem remunerados nos Estados Unidos, vai garantir a continuidade da liderança americana no espaço e irá inspirar milhões de pessoas em todo o mundo", afirmou Bolden.
Representantes da Nasa também fizeram questão de enfatizar que o projeto fará o possível para economizar.
Esse anúncio é especialmente importante devido às sucessivas e bilionárias elevações no orçamento do telescópio James Webb, além da pressão de vários políticos pela redução da verba para as pesquisas espaciais durante a crise.

'FRANKENSTEIN'
Boa parte dessa economia virá do aproveitamento de peças, sistemas e componentes de projetos anteriores da Nasa, como o ônibus espaciais e o projeto Constellation -anunciado por George Bush, em 2004, e encerrado por Barack Obama em 2009.
O SLS será usado para transportar a cápsula Orion MPCV (Veículo Multifuncional Tripulado), anunciado pela Nasa para substituir os ônibus espaciais.
Além de servir para explorar Marte, asteroides e outros astros, o foguete também servirá de plano B para o transporte de carga e pessoal para a ISS (Estação Espacial Internacional). Desde a aposentadoria dos ônibus espaciais, em julho, a Nasa está sem meios próprios para enviar seus astronautas para lá.


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