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Vacina antimalária protege crianças
EMMA ROSS
DA ASSOCIATED PRESS
Uma vacina antimalária que
vem sendo pesquisada há duas
décadas mostrou resultados promissores em humanos, sendo capaz de prevenir quase um terço
dos casos da doença em crianças e
de cortar em dois terços o risco de
crises potencialmente fatais.
Especialistas dizem que os achados, publicados na revista "The
Lancet" (www.thelancet.com),
fornecem evidências de que o sonho de uma vacina que proteja os
bebês da malária durante o período mais frágil da vida pode virar
realidade até o fim desta década.
A malária, causada pelo plasmódio, afeta 500 milhões de pessoas no mundo, principalmente
na África subsaariana. Uma vacina capaz de transformar a doença
mortal numa infecção branda seria uma grande vitória.
A nova imunização, que vem
sendo desenvolvida há 20 anos
pela GlaxoSmithKline Bio, foi testada em 2.022 crianças de 1 a 4
anos de idade em Moçambique.
Metade recebeu três doses da vacina em três meses consecutivos.
Metade recebeu apenas outras vacinas próprias para a idade.
Os pesquisadores, liderados por
Pedro Alonso, da Universidade de
Barcelona (Espanha), encontraram taxas de infecção 30% menores no grupo vacinado do que no
grupo de comparação. A vacina
também reduziu o risco de adoecer em 30%, o de ter crises repetidas em 30% e o de desenvolver
malária grave em 58%. Nenhuma
das crianças no grupo vacinado
morreu de malária. Quatro morreram no grupo de controle.
O resultado mais impressionante aconteceu em crianças abaixo
de 2 anos de idade, as mais vulneráveis. Nesse grupo, a vacina reduziu o número de crises graves
de malária em 77%.
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