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Telescópios do Havaí detectam metano na atmosfera de Marte
Na Terra, gás está relacionado com atividade biológica e erupção de vulcões
G. Neukum/Mars Express/DLR/ESA
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Grande abismo e, Marte, provavelmente escavado pela água
DA REUTERS
Uma série de observações da
atmosfera de Marte, feitas por
três telescópios no Havaí, mostram uma vasta quantidade de
metano -gás tipicamente envolvido em processos biológicos- misturado com vapor d'água durante o verão boreal.
A Nasa afirma que não há evidência de que seres vivos estejam produzindo o metano
(também produto de atividade
vulcânica), mas diz que a mistura de gases é a notícia mais favorável à existência de vida no
planeta vermelho até agora.
A descoberta está descrita na
edição de hoje da revista
"Science", e os pesquisadores
concederam uma entrevista
coletiva para divulgar a notícia.
"A questão que mais atrai está relacionada mesmo à origem
do metano em Marte", afirma
Michael Mumma, da Nasa.
Segundo o cientista, o gás,
que é a molécula mais simples
de carbono com hidrogênio, foi
produzido por fontes existentes em áreas aquecidas no hemisfério Norte marciano.
"Organismos vivos produzem mais de 90% do metano atmosférico da Terra; o resto é de
origem geoquímica. Em Marte,
o metano poderia ter a assinatura dessas duas origens."
A atmosfera marciana é feita
em sua maior parte de gás carbônico, monóxido de carbono,
um pouco de oxigênio e vapor
d'água. Mas nenhum processo
conhecido produz metano, e
outros compostos na superfície
poderiam desintegrá-lo. "A
presença significativa de metano implica a liberação recente a
partir de reservas subterrâneas", afirmam os cientistas.
Mas, segundo eles, a fonte primária do gás é incerta. Ela pode
ser ligada à vida ou não.
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