São Paulo, terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

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Revista diz manter 400 revisores

DA REPORTAGEM LOCAL

A "Nature" e a "Science", principais revistas científicas britânica e americana, respectivamente, negam que haja problemas nos trâmites de revisão em seus artigos.
Stevens Rehen, que estuda células-tronco na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), diz que os argumentos do manifesto são válidos, mas as publicações têm procurado se defender.
"O problema existe. Philip Campbell [editor da "Nature'] alega que há 400 revisores na área de células-tronco, mas nas sub-áreas há muito menos, o que pode favorecer os pequenos grupos, as panelinhas. Eu diria que em alguns casos são uns quatro ou cinco cientistas que decidem o que deve ser publicado", afirma Rehen.
O manifesto de Smith e companhia sugere, como caminho para corrigir as distorções, a publicação de todos os trâmites da revisão, como os e-mails trocados entre autores e revisores, na forma de material suplementar do artigo propriamente dito.
"Eu iria além", diz Rehen. "Proporia que todas as revisões de determinado artigo fossem publicadas em algum momento -mesmo aquelas feitas para outras revistas, porque é comum um artigo passar por duas ou três publicações até ser aceito."
Hauskeller defende que as identidades de ambos os lados sejam divulgadas ao longo do processo. Assim, os autores ficam livres para agradecer publicamente a conselhos de revisores, criando relação mais saudável, diz. (RJL)


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