São Paulo, quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

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Serra e Schwarzenegger defendem ações locais

DOS ENVIADOS A COPENHAGUE

Um dos eventos mais concorridos do dia na cúpula do clima reuniu um par estranho: os governadores José Serra, de São Paulo, e Arnold Schwarzenegger, da Califórnia.
Os dois se uniram a Gordon Campbell, premiê da Colúmbia Britânica, no Canadá, para defender iniciativas estaduais (ou "subnacionais", palavrão da moda em Copenhague) contra a mudança climática.
Serra falou sobre a lei paulista de mudança climática e não perdeu a oportunidade de alfinetar o governo federal. "Ela prevê objetivos mandatórios, não voluntários, e provê reduções em termos absolutos, não apenas uma desaceleração."
O governador também voltou a defender o Rodoanel como opção de redução de emissões. A lógica é que os 200 km de estradas ao redor de São Paulo diminuem engarrafamentos e, portanto, emissões.
Mais descontraído, o "governator" californiano, nascido na Áustria, começou agradecendo a Campbell pela apresentação que fizera dele ("É exatamente o que eu escrevi!") e ao governador "José Sierra".
Em seguida, disse que estava adorando discursar em Copenhague: "Eu não sou a única pessoa com sotaque aqui!".
Schwarzenegger afirmou que não é possível esperar que os governos produzam sozinhos a ação necessária contra a mudança climática. "Até 80% da mitigação deverá ser feita em nível subnacional", afirmou. "Nós na Califórnia não acreditamos que o progresso precise vir de Washington, de Pequim, ou de Kyoto".
Pediu ao chefe da Convenção do Clima, Yvo de Boer, que convocasse uma cúpula climática de cidades -em alguma da Califórnia, claro-, e encerrou o discurso com a máxima de seu famoso personagem: "I'll be back" ("Eu voltarei"). (CA, LC e MS)


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