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Serra e Schwarzenegger defendem ações locais
DOS ENVIADOS A COPENHAGUE
Um dos eventos mais concorridos do dia na cúpula do clima reuniu um par estranho: os
governadores José Serra, de
São Paulo, e Arnold Schwarzenegger, da Califórnia.
Os dois se uniram a Gordon
Campbell, premiê da Colúmbia
Britânica, no Canadá, para defender iniciativas estaduais (ou
"subnacionais", palavrão da
moda em Copenhague) contra
a mudança climática.
Serra falou sobre a lei paulista de mudança climática e não
perdeu a oportunidade de alfinetar o governo federal. "Ela
prevê objetivos mandatórios,
não voluntários, e provê reduções em termos absolutos, não
apenas uma desaceleração."
O governador também voltou a defender o Rodoanel como opção de redução de emissões. A lógica é que os 200 km
de estradas ao redor de São
Paulo diminuem engarrafamentos e, portanto, emissões.
Mais descontraído, o "governator" californiano, nascido na
Áustria, começou agradecendo
a Campbell pela apresentação
que fizera dele ("É exatamente
o que eu escrevi!") e ao governador "José Sierra".
Em seguida, disse que estava
adorando discursar em Copenhague: "Eu não sou a única
pessoa com sotaque aqui!".
Schwarzenegger afirmou que
não é possível esperar que os
governos produzam sozinhos a
ação necessária contra a mudança climática. "Até 80% da
mitigação deverá ser feita em
nível subnacional", afirmou.
"Nós na Califórnia não acreditamos que o progresso precise
vir de Washington, de Pequim,
ou de Kyoto".
Pediu ao chefe da Convenção
do Clima, Yvo de Boer, que convocasse uma cúpula climática
de cidades -em alguma da Califórnia, claro-, e encerrou o
discurso com a máxima de seu
famoso personagem: "I'll be
back" ("Eu voltarei").
(CA, LC e MS)
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