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CLIMA
Secas na Amazônia serão mais freqüentes, diz grupo
DA REDAÇÃO
A seca recorde de 2005,
que deixou partes da Amazônia em estado de calamidade,
não foi um evento extremo
isolado e sim uma amostra
do que o futuro reserva para
o clima da região. A conclusão é de pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais) e do Escritório de Meteorologia britânico, em Exeter.
Modelos climáticos em
computador construídos pelo grupo sugerem que o evento do ano passado, cuja origem está em um aquecimento anormal das águas do
Atlântico (a mesma raiz dos
furacões que devastaram o
golfo do México), tende a se
repetir nas próximas décadas. "A situação de 2005 será
mais freqüente em 2050",
disse o climatologista José
Marengo, do Inpe, à revista
"Nature". O grupo deve finalizar neste mês um artigo
científico com os resultados.
Embora os cientistas ainda
relutem em atribuir os eventos extremos de 2005 ao
aquecimento global, um novo estudo, publicado na
"Geophysical Research Letters", afirma que a ligação é
direta: a atmosfera mais
quente está forçando o
Atlântico a temperaturas
mais altas. O autor do estudo,
James Elsner, da Universidade do Estado da Flórida,
analisou 135 anos de registros de tempestades e descobriu que a temperatura do ar
pode ser usada para prever o
aquecimento das águas, mas
o contrário não acontece.
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