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Protestos cercam reunião, e mais 230 são presos
DOS ENVIADOS A COPENHAGUE
A reportagem da Folha passou por três barricadas policiais e ficou retida do lado de
fora do Bella Center por mais
de uma hora ontem. E não estava sozinha. O chefe da delegação brasileira, embaixador
Luiz Alberto Figueiredo, não
conseguiu entrar no local a
tempo de pegar o início da plenária de ontem, assim como
vários de seus colegas.
No céu, dois helicópteros
acompanhavam o movimento.
Por fora do cordão de isolamento, manifestantes protestavam enquanto policiais recolhiam jovens algemados às dezenas em caminhonetes ao redor da sede do evento, no quinto dia consecutivo de prisões.
Pela primeira vez, ontem
houve relatos de brutalidade da
polícia, que prendeu 230 manifestantes e usou gás-pimenta.
Mas não se fala em feridos.
Com a superlotação de um
centro de convenções que
comporta 15 mil pessoas e no
qual ontem tentaram entrar 46
mil, a estação de metrô local foi
fechada. Membros de organizações não-governamentais tiveram sua entrada barrada.
A expectativa é que tudo piore hoje com a chegada de mais
chefes de Estado e de governo,
iniciada ontem. Dentro do Bella Center, cujo aparato de segurança na entrada parece o de
aeroportos, estão sendo instalados detectores de metal.
O acesso da mídia será limitado a poucas salas. Os passes
de acesso para as ONGs hoje
cairiam de 7.000 para 1.000.
Um e-mail da organização do
evento oferecia um "local alternativo" às organizações para
acompanharem os eventos. Indagada pela Folha se a oferta
era só para os membros das
ONGs que não tinham passe, a
responsável pelo setor, Hedwig
Sandoval, informou que não.
"Infelizmente, a partir de amanhã, ninguém das ONGs poderá entrar."
(LC, CA, MS)
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