São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

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Protestos cercam reunião, e mais 230 são presos

DOS ENVIADOS A COPENHAGUE

A reportagem da Folha passou por três barricadas policiais e ficou retida do lado de fora do Bella Center por mais de uma hora ontem. E não estava sozinha. O chefe da delegação brasileira, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, não conseguiu entrar no local a tempo de pegar o início da plenária de ontem, assim como vários de seus colegas.
No céu, dois helicópteros acompanhavam o movimento. Por fora do cordão de isolamento, manifestantes protestavam enquanto policiais recolhiam jovens algemados às dezenas em caminhonetes ao redor da sede do evento, no quinto dia consecutivo de prisões.
Pela primeira vez, ontem houve relatos de brutalidade da polícia, que prendeu 230 manifestantes e usou gás-pimenta. Mas não se fala em feridos.
Com a superlotação de um centro de convenções que comporta 15 mil pessoas e no qual ontem tentaram entrar 46 mil, a estação de metrô local foi fechada. Membros de organizações não-governamentais tiveram sua entrada barrada.
A expectativa é que tudo piore hoje com a chegada de mais chefes de Estado e de governo, iniciada ontem. Dentro do Bella Center, cujo aparato de segurança na entrada parece o de aeroportos, estão sendo instalados detectores de metal.
O acesso da mídia será limitado a poucas salas. Os passes de acesso para as ONGs hoje cairiam de 7.000 para 1.000.
Um e-mail da organização do evento oferecia um "local alternativo" às organizações para acompanharem os eventos. Indagada pela Folha se a oferta era só para os membros das ONGs que não tinham passe, a responsável pelo setor, Hedwig Sandoval, informou que não. "Infelizmente, a partir de amanhã, ninguém das ONGs poderá entrar." (LC, CA, MS)


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