São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

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Gripe de 1918 matava por choque imunológico

DA ASSOCIATED PRESS

Os pesquisadores sabem agora porque o vírus da gripe espanhola conseguiu matar, de forma rápida, 40 milhões de pessoas em 1918. A maioria das vítimas era jovem e sadia.
Segundo estudo publicado hoje na revista "Nature", a explicação foi obtida depois da inoculação do vírus- "ressuscitado" por meio de técnicas genéticas- em macacos.
Segundo a pesquisa, o microrganismo fez o sistema imune dos símios disparar, mas contra ele próprio. O resultado foi que os macacos tiveram de ser sacrificados já no oitavo dia de experimento, que deveria ter durado 21 no total.
"Foi o próprio sistema imune que acabou vitimando o macaco", disse Michael Katze, da Universidade de Washington, um dos autores do estudo.
Uma das reações percebidas nos macacos foi que o ataque da cepa de influenza H1N1, de 1918, deixava rapidamente o pulmão inflamado e repleto de líquido. Essa reação, segundo os cientistas, também deve ocorrer nos seres humanos.
Os resultados obtidos pela pesquisa vão ajudar no combate ao vírus da gripe aviária (H5N1), no caso de ele conseguir se adaptar ao homem e provocar uma pandemia.
Os vírus da gripe espanhola usados na pesquisa (a doença, ao contrário do padrão, atacou poucas crianças e idosos) foram reconstruídos em um laboratório com alto nível de segurança biológica na cidade de Winnipeg, no Canadá.


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