São Paulo, domingo, 18 de maio de 2008

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Cratera pode dar pista de megaextinção

DA AGÊNCIA FOLHA, EM ARAGUAINHA E PONTE BRANCA (MT)

O domo de Araguainha é um dos melhores pontos para estudo de crateras no planeta, segundo Yára Marangoni, do Instituto Astronômico e Geofísico da USP. "Ele combina uma excelente exposição com uma erosão relativamente baixa", diz. "As imagens de satélite mostram que a estrutura não se deformou."
Há quase três anos, Marangoni coordena no local um estudo para determinar os efeitos do impacto sobre as camadas do solo. Segundo Marangoni, a região de Araguainha é repleta de rochas só encontradas em locais que sofreram a ação de meteoritos.
É o caso dos chamados cones de estilhaçamento, que conservam marcas ramificadas do impacto. "Essas estruturas só são produzidas em impactos e explosões nucleares", diz Álvaro Crósta, geólogo da Unicamp pioneiro nos estudos do domo.
O choque teria ocorrido no limite entre os Períodos Permiano e Triássico -quando houve a maior extinção em massa da história, com 70% das espécies terrestres extintas. E pode ajudar a entendê-la.
"Esse meteorito não tinha tamanho suficiente para ser o único causador da extinção, mas pode ter contribuído para que ela ocorresse", afirma Marangoni. "Certamente ele teve potência para afetar grande parte da vida na América do Sul", diz Crósta. (RV)


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