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Cratera pode dar pista de megaextinção
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ARAGUAINHA E PONTE
BRANCA (MT)
O domo de Araguainha é
um dos melhores pontos
para estudo de crateras no
planeta, segundo Yára Marangoni, do Instituto Astronômico e Geofísico da
USP. "Ele combina uma
excelente exposição com
uma erosão relativamente
baixa", diz. "As imagens de
satélite mostram que a estrutura não se deformou."
Há quase três anos, Marangoni coordena no local
um estudo para determinar os efeitos do impacto
sobre as camadas do solo.
Segundo Marangoni, a região de Araguainha é repleta de rochas só encontradas em locais que sofreram a ação de meteoritos.
É o caso dos chamados
cones de estilhaçamento,
que conservam marcas ramificadas do impacto. "Essas estruturas só são produzidas em impactos e explosões nucleares", diz Álvaro Crósta, geólogo da
Unicamp pioneiro nos estudos do domo.
O choque teria ocorrido
no limite entre os Períodos Permiano e Triássico
-quando houve a maior
extinção em massa da história, com 70% das espécies terrestres extintas. E
pode ajudar a entendê-la.
"Esse meteorito não tinha tamanho suficiente
para ser o único causador
da extinção, mas pode ter
contribuído para que ela
ocorresse", afirma Marangoni. "Certamente ele teve
potência para afetar grande parte da vida na América do Sul", diz Crósta.
(RV)
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