São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2010

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Casos no Brasil envolveram alto escalão da USP

DE SÃO PAULO

O Brasil foi eficiente criando comitês de ética (há 592 ligados à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, a Conep), mas eles atuam principalmente aprovando estudos com voluntários e cobaias.
No que se refere às fraudes, a situação é diferente. Dois casos impunes de plágio se destacaram nos últimos anos, ambos envolvendo o alto escalão da USP.
Em 2009, a reitora Suely Vilela foi denunciada por ser coautora de um trabalho que utilizava figuras de um estudo de 2003 da UFRJ. Não houve punição.
O outro caso, de 2007, envolveu o diretor do Instituto de Física, Alejandro Szanto de Toledo, e Nelson Carlin Filho, vice-diretor da Fuvest. Eles publicaram um artigo que tinha parágrafos inteiros copiados de trabalho anterior de um colega.
Em 2008, a reitoria, sob a própria Vilela, fez uma "moção de censura" a ambos. "No começo, até achei que haveria punição concreta", diz Sílvio Salinas, da USP. Para ele, há muita diferença entre Brasil e EUA.
"Lá, mesmo as revisões feitas nos estudos antes da publicação são mais sérias. Aqui parece que o pessoal quer se livrar logo." Não há grandes trabalhos sobre a dimensão das fraudes científicas no país, nem sobre seu custo. (RM)


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