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SAIBA MAIS
Casos no Brasil
envolveram alto
escalão da USP
DE SÃO PAULO
O Brasil foi eficiente
criando comitês de ética (há
592 ligados à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, a Conep), mas eles
atuam principalmente
aprovando estudos com voluntários e cobaias.
No que se refere às fraudes, a situação é diferente.
Dois casos impunes de plágio se destacaram nos últimos anos, ambos envolvendo o alto escalão da USP.
Em 2009, a reitora Suely
Vilela foi denunciada por
ser coautora de um trabalho
que utilizava figuras de um
estudo de 2003 da UFRJ.
Não houve punição.
O outro caso, de 2007, envolveu o diretor do Instituto
de Física, Alejandro Szanto
de Toledo, e Nelson Carlin
Filho, vice-diretor da Fuvest. Eles publicaram um
artigo que tinha parágrafos
inteiros copiados de trabalho anterior de um colega.
Em 2008, a reitoria, sob a
própria Vilela, fez uma
"moção de censura" a ambos. "No começo, até achei
que haveria punição concreta", diz Sílvio Salinas, da
USP. Para ele, há muita diferença entre Brasil e EUA.
"Lá, mesmo as revisões
feitas nos estudos antes da
publicação são mais sérias.
Aqui parece que o pessoal
quer se livrar logo." Não há
grandes trabalhos sobre a
dimensão das fraudes científicas no país, nem sobre
seu custo.
(RM)
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