São Paulo, sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

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Países não podem esconder cartas na manga, afirma Lula

DOS ENVIADOS A COPENHAGUE

Sem surpresas em seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou na conferência do clima da ONU mais ambição dos países desenvolvidos em reduzir gases-estufa.
E repisou as "responsabilidades comuns mas diferenciadas", norte de sua posição de que países em desenvolvimento não são obrigados a arcar com o custo do aquecimento global, embora devam agir.
"Esta conferência não é um jogo onde se possa esconder cartas na manga. Se ficarmos à espera do lance de nossos parceiros, podemos descobrir que é tarde demais. Todos seremos perdedores", disse. "A fragilidade de uns não pode servir de pretexto para recuo de outros."
No discurso, Lula citou o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), segundo o qual deve haver um corte entre 25% e 40% nas emissões de gases de efeito estufa até 2020 sobre 1990.
E defendeu o percentual maior, embora para ambientalistas seja preciso cortar 70%.
O presidente ainda reiterou a "ambição" de reduzir pela metade as emissões globais até 2050 como meio de conter o aumento da temperatura do planeta a 2 C até o fim do século, como deve constar o documento final da COP-15.
Mas advertiu: "Esta ambição será vazia se não houver um compromisso claro de curto e médio prazo". "Não há lugar para conformismo. Os países desenvolvidos devem assumir metas (...) à altura de suas responsabilidades históricas e do desafio que enfrentamos."
(CA, LC, MS)


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