São Paulo, sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Amorim encontra Hillary e diz que Brasil não aceita ingerência

DOS ENVIADOS A COPENHAGUE

O chanceler Celso Amorim saiu ontem de um encontro em Copenhague com a colega americana, Hillary Clinton, dizendo que o Brasil não aceitará que outro país lhe dite políticas a seguir. Foi uma resposta à cobrança por mais transparência no processo de cortar emissões de gases-estufa no país.
"Eu disse [a Hillary], "olha, o Brasil tem uma experiência passada de Fundo Monetário Internacional de intrusão, de censorista". Isso não pode ser aceito", afirmou Amorim.
Os EUA e outros países desenvolvidos relutam em financiar ações nos países emergentes, evocando a necessidade de transparência. É o chamado MRV (medição, prestação de contas e verificação).
Por sua vez, os emergentes alegam em coro que podem reportar as ações financiadas.
E aí começam as nuances: o Brasil se ofereceu para fazer um inventário bienal de suas ações, inclusive das que banca sozinho. Já a China vinha se recusando em relatar o que não é pago por terceiros, mas seu principal negociador mostrou flexibilidade. "O canal para compartilhamento de informações está aberto", afirmou Su Wei em entrevista coletiva.
Amorim e Hillary conversaram por cerca de 20 minutos. O brasileiro, que recentemente cobrou "mais transparência" do parceiro, definiu o diálogo como "bom". (LC, CA e MS)


Texto Anterior: Copenhague 2009: Obama faz mudança do clima virar tema de defesa nacional
Próximo Texto: Veto: Governo vai barrar projeto que reduz poder do Ibama para multar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.