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Amorim encontra Hillary e diz que Brasil não aceita ingerência
DOS ENVIADOS A COPENHAGUE
O chanceler Celso Amorim
saiu ontem de um encontro em
Copenhague com a colega americana, Hillary Clinton, dizendo que o Brasil não aceitará que
outro país lhe dite políticas a
seguir. Foi uma resposta à cobrança por mais transparência
no processo de cortar emissões
de gases-estufa no país.
"Eu disse [a Hillary], "olha, o
Brasil tem uma experiência
passada de Fundo Monetário
Internacional de intrusão, de
censorista". Isso não pode ser
aceito", afirmou Amorim.
Os EUA e outros países desenvolvidos relutam em financiar ações nos países emergentes, evocando a necessidade de
transparência. É o chamado
MRV (medição, prestação de
contas e verificação).
Por sua vez, os emergentes
alegam em coro que podem reportar as ações financiadas.
E aí começam as nuances: o
Brasil se ofereceu para fazer
um inventário bienal de suas
ações, inclusive das que banca
sozinho. Já a China vinha se recusando em relatar o que não é
pago por terceiros, mas seu
principal negociador mostrou
flexibilidade. "O canal para
compartilhamento de informações está aberto", afirmou Su
Wei em entrevista coletiva.
Amorim e Hillary conversaram por cerca de 20 minutos. O
brasileiro, que recentemente
cobrou "mais transparência"
do parceiro, definiu o diálogo
como "bom".
(LC, CA e MS)
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