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Pegadas de dinossauro ficam submersas após chuva forte na Paraíba
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
As fortes chuvas que atingem a Paraíba há cerca de
um mês interromperam os
estudos paleontológicos no
Vale dos Dinossauros, em
Sousa (a 436 km de João
Pessoa). Todas as 21 localidades do parque com indícios de pegadas de 120 milhões de anos estão alagadas.
As áreas alagadas possuem
pegadas fossilizadas, que variam de 5 cm a 40 cm de diâmetro, de animais como tiranossauro rex, estegossauro e
iguanodonte. A maior parte
dos registros fósseis são de
dinossauros carnívoros.
A Sudema (Superintendência de Administração do
Meio Ambiente) elabora um
relatório sobre as conseqüências da chuva para o
parque. Segundo o superintendente Régis Cavalcanti, a
barragem Rio do Peixe, próxima ao parque, sofrera uma
rachadura em 2001. "Como
ela já estava com uma abertura, quando veio essa chuva
ocorreu o alagamento do
parque", afirmou.
"Além das pegadas, as
águas também cobriram algumas passarelas, utilizadas
pelos turistas e estudiosos, e
isso acarreta um apodrecimento mais precoce do piso,
que é de madeira", disse Cavalcanti ontem.
A chuva, de acordo com o
relato do superintendente,
danificou a iluminação, destruiu trilhas e avariou quatro
réplicas de dinossauros. Para
Cavalcanti, porém, ainda
não houve prejuízo com a
perda de informações paleontológicas. Mas vai haver
se nenhuma medida for tomada em breve.
De acordo com a Sudema,
serão destinados R$ 240 mil
para a recuperação da barragem, que inclui um canal para desviar parte da água, e
para construção de um muro
de proteção dos sítios paleontológicos. "Temos que
esperar a água baixar para
fazer a limpeza", disse Cavalcanti. "As pegadas devem estar cheias de lama e galhos."
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