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EUA lançam sondas irmãs para procurar sinais de gelo na Lua
Objetivo da agência é preparar o retorno de humanos ao satélite, em 2020
DA REDAÇÃO
A Nasa lançou ontem sua primeira missão à Lua em uma década, um mês e dois dias antes
do aniversário de 40 anos do
pouso histórico da Apollo-11.
Duas sondas irmãs vão buscar sinais de depósitos de gelo
em crateras nos polos lunares e
mapear a superfície polar em
busca de potenciais locais de
pouso para missões tripuladas.
É o primeiro passo do esforço
da agência espacial americana
de mandar seres humanos ao
satélite da Terra até 2020.
As sondas LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) e LCross
(Lunar Crater Observation and
Sensing Satellite) decolaram às
18h32 de ontem (hora de Brasília) e deverão levar quatro dias
para fazer o percurso de
385.000 km até a órbita lunar.
O objetivo da LRO é mapear a
superfície do satélite com uma
resolução sem precedentes, sobrevoando os polos de uma altitude de 50 km -a mais baixa
até agora de um orbitador lunar. Além de possíveis locais de
alunissagem, a sonda vai analisar a composição mineral e as
condições elétricas da superfície, para ajudar os astronautas
a se prepararem para missões
de longa duração.
"A Lua apresenta os mesmos
desafios que encontraremos
Universo afora: radiação nociva, poeira eletrificada e temperaturas extremas", afirma a Nasa na apresentação da missão.
Impacto
A LCross fará um contato,
por assim dizer, mais imediato
com a Lua. Ela lançará o primeiro estágio do seu foguete
sobre uma cratera sombreada
no polo Sul lunar. O impacto, a
9.000 km/h, levantará uma nuvem de pó de 350 toneladas e
50 km de altura, que será analisada pelos instrumentos a bordo da LCross. Quatro minutos
depois, quando tiver enviado os
dados à Terra, é a própria sonda
quem vai despencar na Lua.
A ideia, em ambos os casos, é
verificar se as crateras polares
possuem depósitos de gelo que
possam ser explorados futuramente para a obtenção de água.
Sinais de hidrogênio já foram
captados nos polos lunares por
missões anteriores. Isso poderia ser um sinal de água, mas os
americanos querem confirmar
sua existência e as dimensões
de eventuais reservas.
A água lunar seria quebrada
em hidrogênio (para abastecer
espaçonaves) e oxigênio (para
os astronautas respirarem).
A missão teve custo total de
US$ 583 milhões.
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