São Paulo, sexta-feira, 19 de junho de 2009

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EUA lançam sondas irmãs para procurar sinais de gelo na Lua

Objetivo da agência é preparar o retorno de humanos ao satélite, em 2020

DA REDAÇÃO

A Nasa lançou ontem sua primeira missão à Lua em uma década, um mês e dois dias antes do aniversário de 40 anos do pouso histórico da Apollo-11.
Duas sondas irmãs vão buscar sinais de depósitos de gelo em crateras nos polos lunares e mapear a superfície polar em busca de potenciais locais de pouso para missões tripuladas. É o primeiro passo do esforço da agência espacial americana de mandar seres humanos ao satélite da Terra até 2020.
As sondas LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) e LCross (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite) decolaram às 18h32 de ontem (hora de Brasília) e deverão levar quatro dias para fazer o percurso de 385.000 km até a órbita lunar.
O objetivo da LRO é mapear a superfície do satélite com uma resolução sem precedentes, sobrevoando os polos de uma altitude de 50 km -a mais baixa até agora de um orbitador lunar. Além de possíveis locais de alunissagem, a sonda vai analisar a composição mineral e as condições elétricas da superfície, para ajudar os astronautas a se prepararem para missões de longa duração.
"A Lua apresenta os mesmos desafios que encontraremos Universo afora: radiação nociva, poeira eletrificada e temperaturas extremas", afirma a Nasa na apresentação da missão.

Impacto
A LCross fará um contato, por assim dizer, mais imediato com a Lua. Ela lançará o primeiro estágio do seu foguete sobre uma cratera sombreada no polo Sul lunar. O impacto, a 9.000 km/h, levantará uma nuvem de pó de 350 toneladas e 50 km de altura, que será analisada pelos instrumentos a bordo da LCross. Quatro minutos depois, quando tiver enviado os dados à Terra, é a própria sonda quem vai despencar na Lua.
A ideia, em ambos os casos, é verificar se as crateras polares possuem depósitos de gelo que possam ser explorados futuramente para a obtenção de água.
Sinais de hidrogênio já foram captados nos polos lunares por missões anteriores. Isso poderia ser um sinal de água, mas os americanos querem confirmar sua existência e as dimensões de eventuais reservas.
A água lunar seria quebrada em hidrogênio (para abastecer espaçonaves) e oxigênio (para os astronautas respirarem).
A missão teve custo total de US$ 583 milhões.


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