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Infecção seguida de falência renal matou Mozart, sugere estudo
Reprodução
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O compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart
DA ASSOCIATED PRESS
Por mais de dois séculos a
música de Wolfgang Amadeus Mozart persistiu -assim como as especulações
sobre o que teria levado o
compositor à morte, aos 35
anos, em 5 de dezembro de
1791. Teria o prodígio sido
envenenado por um rival invejoso? Comido porco estragado? Ou ele próprio se envenenara com mercúrio?
Um novo estudo sugere uma
resposta: Mozart pode ter
morrido devido a uma infecção na garganta.
O estudo, publicado ontem no periódico "Annals of
Internal Medicine", afirma
que uma infecção por estreptococos na garganta pode ter causado falência renal
no compositor austríaco.
Os pesquisadores examinaram os registros de óbito
em Viena nos meses próximos da morte de Mozart
-entre novembro de 1791 e
janeiro de 1792- e compararam as causas com as dos
anos anteriores e seguintes.
"Vimos que, na época da
morte de Mozart, havia um
surto de edemas, que também foram a marca registrada do final da doença de Mozart", disse Richard Zegers,
da Universidade de Amsterdã, coautor do estudo. Os
edemas, que atingiam homens jovens, sugerem estreptococos, afirmou.
Mozart estava se sentindo
bem nos meses antes de sua
morte, e muitos relatos afirmam que ele adoeceu pouco
antes de morrer. Outros dão
conta de que o músico sofria
de inchaço, dor nas costas e
enjoos -sintomas que podem indicar que Mozart teve
falência renal em decorrência da infecção.
"Não é definitivo, mas certamente é instigante", disse
William Schaffner, infectologista da Universidade Vanderbilt (EUA), que não participou do estudo.
"Infecções graves por estreptococos eram muito
mais comuns naquela época,
e de fato elas levavam a complicações sérias", afirmou.
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