São Paulo, quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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Infecção seguida de falência renal matou Mozart, sugere estudo

Reprodução
O compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart

DA ASSOCIATED PRESS

Por mais de dois séculos a música de Wolfgang Amadeus Mozart persistiu -assim como as especulações sobre o que teria levado o compositor à morte, aos 35 anos, em 5 de dezembro de 1791. Teria o prodígio sido envenenado por um rival invejoso? Comido porco estragado? Ou ele próprio se envenenara com mercúrio? Um novo estudo sugere uma resposta: Mozart pode ter morrido devido a uma infecção na garganta.
O estudo, publicado ontem no periódico "Annals of Internal Medicine", afirma que uma infecção por estreptococos na garganta pode ter causado falência renal no compositor austríaco.
Os pesquisadores examinaram os registros de óbito em Viena nos meses próximos da morte de Mozart -entre novembro de 1791 e janeiro de 1792- e compararam as causas com as dos anos anteriores e seguintes.
"Vimos que, na época da morte de Mozart, havia um surto de edemas, que também foram a marca registrada do final da doença de Mozart", disse Richard Zegers, da Universidade de Amsterdã, coautor do estudo. Os edemas, que atingiam homens jovens, sugerem estreptococos, afirmou.
Mozart estava se sentindo bem nos meses antes de sua morte, e muitos relatos afirmam que ele adoeceu pouco antes de morrer. Outros dão conta de que o músico sofria de inchaço, dor nas costas e enjoos -sintomas que podem indicar que Mozart teve falência renal em decorrência da infecção.
"Não é definitivo, mas certamente é instigante", disse William Schaffner, infectologista da Universidade Vanderbilt (EUA), que não participou do estudo.
"Infecções graves por estreptococos eram muito mais comuns naquela época, e de fato elas levavam a complicações sérias", afirmou.


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