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BIOÉTICA
Linhagens vêm de embriões
Reino Unido inaugura banco de células-tronco
DA REUTERS
O primeiro banco de células-tronco embrionárias foi aberto
ontem no Reino Unido, num passo importante para o progresso
de uma das mais controvertidas
áreas da pesquisa médica.
O banco tem por objetivo armazenar e fornecer linhagens de células-tronco para pesquisa e criação de potenciais tratamentos para doenças como diabetes, câncer
e mal de Parkinson. As linhagens
armazenadas devem atingir a casa das dezenas de milhares.
A iniciativa é polêmica porque
envolve a criação de embriões humanos para a pesquisa, que precisam ser destruídos para a extração das células. Críticos, oponentes à iniciativa dizem considerar o
banco um "local de armazenagem
de bebês mortos".
Células-tronco são células ainda
não totalmente diferenciadas e,
portanto, capazes de se transformar em vários tipos diferentes.
Elas podem ser obtidas a partir
de indivíduos adultos e de cordões umbilicais descartados, mas
as que vêm de embriões são consideradas especialmente poderosas porque têm potencial para se
tornar qualquer tipo de tecido.
Pesquisadores acreditam que
elas oferecem um modo potencialmente revolucionário de reparar tecidos doentes ou danificados, embora mais pesquisa seja
exigida para entender exatamente
como elas funcionam.
"Essa pesquisa potencialmente
revolucionária poderia beneficiar
milhares de pacientes cujas vidas
são prejudicadas por doenças devastadoras", disse o ministro da
Saúde britânico, lorde Warner.
O governo britânico adota uma
das políticas mais liberais para
pesquisas com células-tronco
embrionárias. Nos EUA, elas são
permitidas, mas não com recursos do governo federal. No Brasil,
atualmente são proibidas. O projeto da nova Lei de Biossegurança, atualmente em tramitação no
Senado, também veta a pesquisa.
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