São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 2002 |
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Aumenta a reciclagem de alumínio
DA SUCURSAL DO RIO A década de 90 foi marcada no Brasil, no que diz respeito à reciclagem, pelo avanço no reaproveitamento de latas de alumínio, enquanto outros materiais, como papel, vidro e embalagens PET, continuam pouco aproveitados. A reciclagem de latas aumentou de 50% do material utilizado em indústrias em 1993 para 78,2% em 2000, o que coloca o país como um dos maiores recicladores desse material no mundo. O IBGE, a partir de consulta às associações de indústrias, mostra que houve aumento também na reciclagem de vidro, que passou de 25% para 41% no mesmo período. A reciclagem de papel chegou a cair (de 38,8% em 1993 para 38% em 1999), enquanto a de embalagens PET cresceu de 18,8% em 1994 para 26,3% em 2000. O sucesso na reciclagem das latas é explicado, em parte, pelo custo do alumínio, que faz com que as empresas prefiram reciclar material a investir na compra do metal extraído de bauxita. Além de mais vantajosa para as empresas, a coleta de latas passou a ser fonte de renda para a população mais pobre quando as empresas começaram a pagar mais pelo quilo de latas recolhidas. "Hoje, há pessoas que conseguem renda mensal de dois a quatro salários mínimos coletando latas", afirma Janise Coelho, supervisora de projetos da empresa de reciclagem Tomra Latasa. As demais associações tentam repetir o sucesso da reciclagem de alumínio, mas encontram mais dificuldade. No caso das embalagens PET, por exemplo (para refrigerantes), o custo da reciclagem não é tão vantajoso se comparado ao da produção, o que faz com que as empresas se interessem menos em comprar as embalagens utilizadas. Além disso, esse tipo de embalagem é consumido principalmente em residências, o que faz com que seja mais difícil a coleta do material pelos catadores, já que as garrafas são, em geral, descartadas junto com o lixo comum. (AG) Texto Anterior: Lixo tem destinação final imprópria Próximo Texto: Verbas para o ambiente caem 62% Índice |
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