ANDREW C. REVKIN
DO "NEW YORK TIMES"

Versões preliminares de uma declaração conjunta em preparo pelo G-8 (grupo das sete nações mais ricas do mundo mais a Rússia) mostram que a administração Bush conseguiu eliminar da sua redação um pedido para que sejam adotadas ações imediatas contra o aquecimento global.
A declaração está sendo negociada antes da Cúpula do G-8, que será realizada na Escócia no mês que vem. O premiê britânico, Tony Blair, que preside o G-8 neste ano, tenta trazer o foco do encontro para a África e para as mudanças climáticas.
A declaração, rascunhada por funcionários do governo britânico no mês passado, tem o objetivo de refletir as preocupações e os planos comuns dos oito países sobre a questão climática, e tem sido submetida às outras nações.
Uma nova versão do texto, a primeira a mostrar especificamente as mudanças pedidas pelos EUA, foi obtida pelo "The New York Times" na sexta-feira.
Entre as mudanças nessa versão, datada de 27 de maio, está a deleção da frase introdutória: "Nosso mundo está esquentando". A cópia americana anotada do documento também trazia comentários para os negociadores de outros países, como "deveríamos evitar o termo "metas'" e "deveríamos deixar a definição de "ambiciosas" para cada líder, dadas suas respectivas circunstâncias nacionais".
Steve Sawyer, diretor de política climática do Greenpeace, disse que os britânicos podem ter errado ao escolher o G-8 como fórum para tentar fazer Bush tomar providências sobre a questão.


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