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Obama reconhece insuficiência de documento sobre o clima
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
Em sua primeira fala sobre o
assunto desde que voltou de
Copenhague, Barack Obama
disse que o acordo celebrado
anteontem entre EUA, China,
Índia, Brasil e África do Sul é
importante, mas não será suficiente se novas ações não forem tomadas em breve.
Num tom cauteloso, que casou com a recepção doméstica
dividida que a ação teve, o presidente democrata pediu que o
Congresso dos EUA passe leis
sobre o tema e que a comunidade internacional aproveite o
momento criado pela reunião.
"Pela primeira vez na história, as maiores economias
mundiais se juntaram para
aceitar a responsabilidade de
agir para combater a ameaça da
mudança climática", disse ele,
em encontro com jornalistas
ontem, em Washington. "Depois de negociações extremamente difíceis e complexas, esse acordo importante cria a estrutura para ação internacional
em anos vindouros."
Segundo Obama, porém, o
progresso no aspecto da mudança climática foi insuficiente. "Ao prosseguirmos, teremos
de aproveitar o momento estabelecido em Copenhague para
assegurar que a ação internacional para reduzir emissões
seja sustentável e suficiente."
O democrata pediu ainda
ação do Legislativo, onde seu
projeto de lei ambiental, embora seja copatrocinado por um
senador republicano, enfrenta
forte resistência da oposição. O
Congresso tem de passar o que
ele chamou de "faísca para uma
revolução de energia limpa".
Ontem, a faísca mais comentada em Washington no entanto era a criada pela suposta invasão de Obama na reunião que
África do Sul, Brasil, China e
Índia faziam, na sexta, em Copenhague, de onde o democrata saiu com o acordo articulado.
O texto provocou reações diversas. Entre outros, o senador
democrata John Kerry disse
que era um ótimo começo, a republicana Lisa Murkowski reclamou da decisão dos EUA de
dar dinheiro ao fundo global e
entidades ambientais em geral
criticaram a timidez das metas.
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