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Proteção a animais em extinção
ajuda comunidades mais pobres
DO ENVIADO A CURITIBA
Se a pergunta mais comum sobre conservação ambiental costuma ser "o que as pessoas ganham
com isso?", um estudo feito pela
ONG ambientalista WWF sugere
uma resposta: menos pobreza. O
trabalho acompanhou seis experiências de conservação (tigres no
Nepal, pandas na China, botos na
Índia, diversos mamíferos na Namíbia, gorilas em Uganda e tartarugas marinhas na Costa Rica).
Em todos os casos, as comunidades que convivem com os bichos
protegidos ganharam em dinheiro, capacitação e até em termos de
igualdade social.
"O importante é que, fora a experiência na Costa Rica, a maioria
desses ganhos não veio do turismo, mas da capacidade que essas
pessoas adquiriram de gerir melhor os recursos naturais dos
quais dependem", disse Amanda
Nickson, vice-diretora do Programa Global de Espécies do WWF.
"Isso mostra que, se você fizer a
coisa do jeito esperto, a conservação se torna um ganho tanto para
os animais quanto para as pessoas", afirma ela. Na Índia, por
exemplo, na região de Uttar Pradesh, a iniciativa de proteger o boto do rio Ganges (Platanista gangetica), como a restrição da pesca
e o controle da poluição no rio,
gerou também melhora na qualidade de água para a população.
O exemplo costarriquenho é
mais impressionante: num único
local de desova de tartarugas, o
lucro anual com turismo foi de
mais de US$ 6 milhões.
(RJL)
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