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País luta para impedir recuo em
debate sobre recursos genéticos
DO ENVIADO A CURITIBA
A batalha de 11 dias em torno de
um regime internacional sobre
acesso a recursos genéticos da
biodiversidade e a repartição de
benefícios derivados deles mal começou na COP-8. No entanto, os
representantes da delegação brasileira já definiram o que seria
considerado uma vitória: evitar o
retrocesso em relação ao que foi
conseguido no tema.
"Vamos ficar muito decepcionados se houver um recuo em relação ao texto de Granada [definido numa reunião na Espanha
neste ano]", disse o ministro Hadil da Rocha Vianna, do Itamaraty. O texto está cheio de colchetes (simbolizando o desacordo
entre os países que participam da
COP-8), mas pelo menos cria
uma base a partir da qual criar um
regime internacional que tenha
força legal, segundo ele.
Por enquanto, o Brasil e os países com os quais se alinha, como
os demais da América Latina e
Caribe, os africanos e outras nações megadiversas (donas de
grande biodiversidade) estão batendo o pé em três pontos.
O primeiro é reconvocar o grupo de trabalho que lida com o tema pelo menos duas vezes antes
da próxima COP, daqui a dois
anos. Depois, garantir financiamento para que as discussões
continuem. Finalmente, diz Vianna, a idéia é montar um grupo técnico que estude a criação de um
certificado de procedência legal
para os recursos originados da
biodiversidade.
(RJL)
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