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Mudança na lei de florestas fica para depois da eleição
Líder do governo na Câmara diz que tema
"nervoso" deve ser votado com tranquilidade
NANCY DUTRA
DE BRASÍLIA
O texto do novo Código
Florestal deverá ser votado
pelo plenário da Câmara dos
Deputados somente após as
eleições, afirmou o líder do
governo Cândido Vaccarezza
(PT-SP) nesta segunda-feira.
Para ele, é necessário tranquilidade para votar o "assunto nervoso".
A intenção, segundo Vaccarezza, já foi conversada
com o relator Aldo Rebelo
(PCdoB-SP), responsável pela formulação do parecer na
comissão especial daquela
Casa que debate a lei de proteção às florestas.
A votação do relatório de
Rebelo estava marcada para
hoje, mas foi adiada para a
próxima segunda-feira (28).
Depois de aprovado na comissão, o texto será analisado em plenário, quando poderá receber modificações.
A bancada ruralista, que
possui a maioria dos membros da comissão, pressiona
pela tramitação rápida da
proposta, enquanto os deputados ambientalistas pedem
que a votação seja adiada para evitar a contaminação pelo período eleitoral.
AVANÇOS
O líder do governo defendeu as modificações propostas pelo relator. "As críticas
são de quem não leu a proposta. Ela traz muitos avanços", disse.
Vaccarezza citou a isenção
de reserva legal (floresta protegida) para as propriedades
de até quatro módulos fiscais
que, segundo ele, beneficiam
os pequenos produtores.
Esse ponto é um dos mais
criticados pela entidades ambientalistas, que veem na
medida uma carta branca para o desmatamento. As outras críticas ao parecer de Rebelo giram em torno da transferência de responsabilidade
para os Estados de legislarem
sobre causas ambientais e a
redução das matas ciliares ao
longo dos rios.
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