São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 2002

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Especialistas criticam plano da conferência

DA REDAÇÃO

O documento-mestre da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +10) é quase ininteligível, mas expõe a divergência de posições entre países ricos e pobres, avaliam especialistas.
O plano de 77 páginas, para eles, é um documento fraco, cujo texto exime os países de assumir compromissos. Cerca de um quarto dele ainda será negociado em Johannesburgo (entre amanhã e sábado), mas há quem aponte uma falta de clareza em suas formulações -cheias de palavras como "reforçar", "encorajar" e "apoiar".
"Só há uns poucos objetivos concretos, e muito no texto são declarações de intenção inverificáveis", diz Stephen Peake, da Open University, Reino Unido, ex-funcionário da ONU.
Para o estatístico dinamarquês Bjorn Lomborg, autor do polêmico livro "O Ambientalista Cético" (que tenta provar que gastar dinheiro com ambiente é desperdício), o problema da Rio +10 é conceitual. Os chefes de Estado deveriam, na cúpula, se concentrar em formas de aliviar a pobreza, em vez de abordar temas ambientais pouco realistas.


Com agências internacionais


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