São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2004

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Famílias das vítimas pedem indenização

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 22 de agosto de 2003, exatamente um ano atrás, acontecia o mais grave acidente espacial brasileiro.
Era uma sexta-feira. Os técnicos preparavam o VLS-1 para seu terceiro lançamento, marcado para dali a três dias. O clima era de otimismo. O foguete ainda estava envolvido pela Torre Móvel de Integração, prédio usado para montar e ajustar o veículo, e muitos funcionários ainda trabalhavam nele quando, sem aviso, às 13h26, um dos motores do primeiro estágio disparou.
Com o foguete fisicamente preso à mesa de lançamento, o edifício rapidamente tombou. O fogo consumiu todo o combustível dos quatro estágios e matou os 21 servidores que trabalhavam no foguete. Embora pertencessem ao IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), órgão vinculado ao CTA (Centro Técnico Aeroespacial), da Força Aérea, eles eram civis.
Como uma forma de homenagear as vítimas do acidente, a Aeronáutica promove hoje um ato religioso em São José dos Campos.
Mas os familiares das vítimas não estão satisfeitos. Anteontem, na sede do SindCT (Sindicato dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia), a Associação dos Familiares das Vítimas do Acidente do VLS anunciou que irá processar a União, para obter indenizações por danos morais e materiais.
Eles também enviaram uma carta à Procuradoria Geral da República pedindo que se aponte os culpados pelo acidente. Em duas cartas separadas, cobraram do Comando da Aeronáutica e do Ministério da Defesa ações para que o programa espacial volte aos eixos. (SN)


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