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Craig Venter dá novo passo rumo à vida artificial
Americano produz uma
nova linhagem de bactéria
DA BLOOMBERG
Um grupo liderado pelo americano Craig Venter, o cientista
que encabeçou o sequenciamento provado do genoma humano no fim da década passada, conseguiu transformar um
tipo de bactéria em outro, novo.
O feito torna mais próxima a
criação de vida artificial.
Venter e seus colegas driblaram o sistema imune da bactéria, que vinha frustrando as
tentativas anteriores, e produziram uma nova forma de bactéria "que até então não existia", ou uma subespécie nova,
afirmaram. Eles usaram uma
célula de levedura como "laboratório" para alterar o genoma
da bactéria original.
A tecnologia pode ajudar os
cientistas a modificar radicalmente o DNA de organismos
existentes para criar biocombustíveis ambientalmente corretos ou remover carbono da
atmosfera -para citar só duas
aplicações da moda.
Em 2008, Venter e sua equipe montaram o maior segmento de DNA de bactéria já construído e inseriram-no no citoplasma de outra espécie de bactéria. O esforço falhou, porque
a bactéria não se "reiniciou".
Isso por causa de proteínas
chamadas enzimas de restrição, que protegem o micróbio
de organismos invasores picotando seu DNA. "É como o sistema imune da bactéria", disse
o cientista-empresário.
Então, o grupo transplantou
o DNA da primeira bactéria, a
Mycoplasma mycoides, para
uma levedura, cuja genética é
mais fácil de manipular. Isso
permitiu transformar o cromossomo bacteriano de duas
maneiras importantes.
Primeiro, eles mudaram suas
propriedades para facilitar a
criação de novos produtos. Depois, alteraram partes do DNA
da bactéria que são reconhecidas pelas enzimas de restrição.
Isso permitiu o transplante do
DNA modificado em uma segunda bactéria, a M. capricolum, e dar vida à nova criatura.
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