São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 2006

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Ibirapuera reabre seu planetário com nova tecnologia

Rogério Cassimiro/Folha Imagem
Projeção do céu no novo planetário, que será reaberto hoje


Esfera projetora de R$ 5,9 milhões substituirá aparelho de 1945; prédio ganhou reforma após ficar sete anos fechado

Sessões gratuitas com 30 minutos serão apresentadas aos sábados, domingos e feriados; novo programa inclui "passeio intergalático"

RAFAEL GARCIA
DA REPORTAGEM LOCAL


O Planetário do Ibirapuera reabre hoje em São Paulo, sete anos depois de ter sido fechado por problemas estruturais. O prédio, em formato de disco voador, foi totalmente reformado e equipado com uma nova esfera de projeção alemã de R$ 5,9 milhões. O novo espetáculo será exibido nesta manhã só para convidados, mas terá sessões abertas todos os sábados, domingos e feriados às 15h.
Com problema de infiltração e cupins, o planetário havia sido fechado em 1999. Sua reabertura foi diversas vezes adiada, em meio às trocas de administração na Prefeitura de São Paulo. Nesse meio tempo, foi inaugurado o Planetário do Carmo, mais moderno.
O pioneiro dos planetários paulistanos, construído em 1957, reabre agora tendo como destaque a esfera de projeção StarMaster, da Zeiss (empresa fundada pelo alemão Carl Zeiss, inventor do planetário óptico). Ela substituirá um antigo aparelho Zeiss III, de 1945, que tinha bem menos recursos (veja ilustração acima). O Planetário do Ibirapuera pode agora projetar estrelas mais realistas e mostrar o céu de outros pontos do Sistema Solar.
"O programa do primeiro espetáculo vai ser uma homenagem à reabertura do planetário", diz o astrofísico Fernando Nascimento, coordenador dos planetários municipais. Ele ainda faz mistério sobre o que será mostrado. "Posso dizer que vamos fazer um passeio pelos planetas, estrelas, aglomerados estelares e galáxias."
Inicialmente, haverá apenas duas apresentações de meia hora por semana, mas a freqüência de espetáculos deve aumentar à medida que os técnicos ganharem prática com o novo equipamento. A entrada é gratuita até o fim de novembro -depois será cobrada uma taxa para ajuda na manutenção.

Viagem no tempo
A nova esfera, acoplada a um computador, também deve permitir ao planetário criar atrações mais diversificadas. "Com a antiga, para ver o céu de um dia 2.000 anos atrás, por exemplo, a esfera tinha de girar 2.000 vezes", explica Mauro Paglione, gerente técnico e representante da Zeiss no Brasil. "Agora, basta dar as coordenadas ao computador que ele posiciona os projetores."
Viagens ao futuro são igualmente possíveis. "Podemos ver como vai ser o Cruzeiro do Sul daqui a 2 milhões de anos", diz. "Dá para ver que essa constelação não vai mais ser uma cruz."
Mesmo reformado, o Planetário do Ibirapuera perde em tecnologia para o do Carmo -que exibe a Lua e os planetas em zoom-, mas terá mais recursos didáticos, como mapas e vídeos, diz Nascimento.


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