São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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ÉTICA MÉDICA

Farmacêuticas são acusadas de alterar dados

DO "INDEPENDENT"

A multibilionária indústria farmacêutica foi mais uma vez acusada, ontem, de manipular resultados de testes clínicos de medicamentos para obter lucro e de omitir dados que poderiam evitar exposição de pacientes a risco.
Novas e caras drogas contra câncer introduzidas na última década, que supostamente ofereceriam grandes benefícios, têm sido cada vez mais questionadas. Dados publicados no "Jama" (revista científica da Associação Médica Americana) mostram que 38% dos estudos independentes de drogas chegaram a conclusões desfavoráveis sobre elas, comparados a apenas 5%, nos estudos financiados pela indústria.
Na mais nova polêmica, pesquisadores escalados pelo Instituto Nacional para Excelência Clínica do Reino Unido para desenvolver diretrizes para a prescrição de antidepressivos para crianças dizem não ter tido acesso a testes não-publicados das drogas, feitos por farmacêuticas.
Estudos publicados sugeriam que as drogas eram seguras para crianças, mas quando o grupo obteve dados não-publicados, ao contatar pesquisadores que trabalharam nos testes, uma figura diferente emergiu, com um risco aumentado de tentativas de suicídio. Apenas uma das drogas, Prozac, se mostrou segura. As conclusões foram publicadas na revista "The Lancet".


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