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COMPORTAMENTO
Estudo feito nos EUA mostra que membros de cada sexo arquivam dados na memória de forma distinta
Cérebro feminino guarda melhor emoção
STEVE CONNOR
DO "THE INDEPENDENT"
Homens que esquecem momentos cruciais de sua vida afetiva agora têm a desculpa perfeita: seus cérebros não foram feitos para recordar coisas que as mulheres acham fáceis de lembrar.
Um estudo descobriu que as mulheres pensam diferente dos
homens, pelo menos em termos do quanto elas memorizam e recordam eventos que têm forte componente emocional, como uma briga com o namorado.
Os cientistas descobriram que homens e mulheres usam partes diferentes do cérebro para criar memórias emocionais e que a fêmea é mais equipada para ter
acesso a esse banco de dados.
Testes psicológicos já haviam sugerido que homens e mulheres diferem em sua habilidade de recordar eventos, mas a última pesquisa mostra que essa habilidade
não é meramente resultado de prática, mas está ligada a uma diferença inata na química cerebral.
Turhan Canli e seus colegas na Universidade Stanford, na Califórnia (EUA), usaram um rastreador cerebral para ver como 12 homens e 12 mulheres respondiam a
um conjunto de cerca de cem fotografias, indo de imagens de
conteúdo emocional zero (um hidrante de rua) às altamente emocionais (corpos mutilados).
"Homens e mulheres ativaram circuitos nervosos diferentes para codificar os estímulos na memória", disseram os cientistas, em artigo na revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA, a "PNAS" (www.pnas.org).
O exame mostrou que mulheres
tendiam a usar mais áreas do hemisfério esquerdo do cérebro, ao
passo que os homens usavam os
dois hemisférios igualmente.
Três semanas após o experimento, cada pessoa passou por
um teste-surpresa, onde ele ou ela
eram questionados sobre se podiam se lembrar de uma imagem
particular com um forte conteúdo
emocional. As mulheres se lembraram dessas imagens com bem
mais facilidade que os homens.
"Mulheres se lembram de mais
eventos autobiográficos emocionais do que homens em testes
cronometrados, produzem memórias mais rápido ou com maior
intensidade emocional e têm memórias mais vívidas do que seus
parceiros em acontecimentos como o primeiro encontro, as últimas férias ou uma discussão recente", dizem os cientistas.
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