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BOTÂNICA
Australiano acha papoula sem morfina
DA REDAÇÃO
Cientistas australianos descobriram na Tasmânia uma variedade de papoula que não chega a
produzir morfina e codeína, dois
potentes analgésicos.
A síntese das substâncias é interrompida antes, e a planta acumula seus precursores químicos,
a tebaína e a oripavina.
De acordo com os pesquisadores da Csiro (organização nacional de pesquisa da Austrália), a
descoberta pode levar à criação de
novos remédios.
"A revolução genética vai permitir o desenvolvimento de plantas para a produção sustentável e
eficiente de uma nova geração de
drogas", afirmou Philip Larkin,
um dos cientistas envolvidos no
projeto, descrito na edição de hoje
da revista "Nature".
Entre as drogas visadas estão a
buprenorfina e a oxicodona, analgésicos mais seguros e mais bem
tolerados pelo corpo humano. "A
buprenorfina e outros derivados
da tebaína e da oripavina são inclusive usados no tratamento de
viciados em ópio", diz Larkin. O
ópio é um narcótico derivado da
papoula comum.
A versão mutante, chamada de
top1, foi achada na Tasmânia em
1995. O Estado australiano produz cerca de 40% dos opiáceos
cultivados legalmente no mundo.
A top1 foi plantada comercialmente a partir de 1997, e hoje corresponde a 40% da área cultivada
com papoulas na Tasmânia.
Com Reuters
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