São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2004

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BOTÂNICA

Australiano acha papoula sem morfina

DA REDAÇÃO

Cientistas australianos descobriram na Tasmânia uma variedade de papoula que não chega a produzir morfina e codeína, dois potentes analgésicos.
A síntese das substâncias é interrompida antes, e a planta acumula seus precursores químicos, a tebaína e a oripavina.
De acordo com os pesquisadores da Csiro (organização nacional de pesquisa da Austrália), a descoberta pode levar à criação de novos remédios.
"A revolução genética vai permitir o desenvolvimento de plantas para a produção sustentável e eficiente de uma nova geração de drogas", afirmou Philip Larkin, um dos cientistas envolvidos no projeto, descrito na edição de hoje da revista "Nature".
Entre as drogas visadas estão a buprenorfina e a oxicodona, analgésicos mais seguros e mais bem tolerados pelo corpo humano. "A buprenorfina e outros derivados da tebaína e da oripavina são inclusive usados no tratamento de viciados em ópio", diz Larkin. O ópio é um narcótico derivado da papoula comum.
A versão mutante, chamada de top1, foi achada na Tasmânia em 1995. O Estado australiano produz cerca de 40% dos opiáceos cultivados legalmente no mundo.
A top1 foi plantada comercialmente a partir de 1997, e hoje corresponde a 40% da área cultivada com papoulas na Tasmânia.


Com Reuters


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