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Conta só fecha com sequestro de carbono
DE BRASÍLIA
Para chegar mais perto
do almejado teto de 2ºC no
aquecimento global, os
países terão de adotar o
que o relatório chama de
"cumprimento estrito de
metas condicionais".
Ou seja, das reduções
que alguns países dizem
que farão se outros fizerem- a UE, por exemplo,
se compromete a passar de
20% para 30% de corte em
relação a 1990 se os EUA
também avançarem nas
suas metas.
O "gap", neste caso, seria de "apenas" 5 bilhões
de toneladas.
Segundo Suzana Kahn
Ribeiro, a única forma de
fechar o buraco é aumentar não só a ambição, como também as chamadas
"emissões negativas", ou
seja, o sequestro maciço
de carbono para compensar emissões industriais e
também de energia.
Ela vê nisso uma oportunidade para o Brasil, no
setor de plásticos verdes
(produzidos a partir de
biomassa), por exemplo.
Apesar da mensagem
desalentadora, a ONU deverá usar o documento para enxergar a metade cheia
do copo: afinal, o cumprimento estrito dos compromissos deixaria o planeta
com 60% do caminho andado para evitar o aquecimento exagerado.
(CA)
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