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HISTÓRIA NATURAL
Obras raras somem do acervo do Museu Goeldi, em Belém
EDUARDO GERAQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
O Museu Paraense Emilio
Goeldi, de Belém (PA), comunicou ontem o furto de
dezenas de obras raras da sua
biblioteca. Segundo os pesquisadores da instituição, a
ação dos criminosos, foi realizada aos poucos, durante
vários dias, mas ficou evidente só na quarta-feira (17).
"Nós mandamos fazer um
inventário que ficará pronto
hoje, mas entre 30 e 40 obras
foram furtadas", afirma a
Folha Ima Vieira, pesquisadora e diretora do Goeldi.
Segundo ela, em alguns casos as obras não desapareceram por completo. "Estampas [páginas das obras com
imagens importantes] foram
cortadas aos poucos. Em outros casos, ficaram apenas as
capas", diz Vieira.
Para a pesquisadora, o caso
ocorrido no Goeldi agora é
semelhante ao outro ocorrido em 2004 no Museu Nacional, do Rio de Janeiro.
"Pela escolha das obras, está
claro que as pessoas sabiam o
que queriam", disse. A Polícia Federal já abriu inquérito
para apurar o caso.
Muitas das obras eleitas
pelos ladrões, de autores como como os naturalistas Maria Meriaen e Johann von
Spix, datam dos séculos 17, 18
e 19. Todos os exemplares
roubados têm a marca d'água
do Museu Goeldi na folha de
rosto e na página 25.
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