São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 2008

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HISTÓRIA NATURAL

Obras raras somem do acervo do Museu Goeldi, em Belém

EDUARDO GERAQUE
DA REPORTAGEM LOCAL

O Museu Paraense Emilio Goeldi, de Belém (PA), comunicou ontem o furto de dezenas de obras raras da sua biblioteca. Segundo os pesquisadores da instituição, a ação dos criminosos, foi realizada aos poucos, durante vários dias, mas ficou evidente só na quarta-feira (17).
"Nós mandamos fazer um inventário que ficará pronto hoje, mas entre 30 e 40 obras foram furtadas", afirma a Folha Ima Vieira, pesquisadora e diretora do Goeldi.
Segundo ela, em alguns casos as obras não desapareceram por completo. "Estampas [páginas das obras com imagens importantes] foram cortadas aos poucos. Em outros casos, ficaram apenas as capas", diz Vieira.
Para a pesquisadora, o caso ocorrido no Goeldi agora é semelhante ao outro ocorrido em 2004 no Museu Nacional, do Rio de Janeiro. "Pela escolha das obras, está claro que as pessoas sabiam o que queriam", disse. A Polícia Federal já abriu inquérito para apurar o caso.
Muitas das obras eleitas pelos ladrões, de autores como como os naturalistas Maria Meriaen e Johann von Spix, datam dos séculos 17, 18 e 19. Todos os exemplares roubados têm a marca d'água do Museu Goeldi na folha de rosto e na página 25.


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