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Morre Stanley Miller, pioneiro em estudos sobre a origem da vida
Famoso experimento do cientista em 1953 criou biomoléculas em laboratório
DA REDAÇÃO
Morreu domingo nos Estados Unidos aos 77 anos o bioquímico Stanley Miller, um dos
pioneiros nas pesquisas sobre a
origem do DNA e da vida.
O cientista se tornou conhecido por meio do trabalho que
realizou em 1952 ao lado de seu
então orientador Harold Urey,
morto em 1981. Em um experimento de laboratório, os dois
mostraram como moléculas orgânicas complexas poderiam
surgir espontaneamente a partir de outras mais simples.
Miller criou uma mistura de
gases semelhante àquela que
poderia existir na Terra primordial, aplicou sobre ela descargas elétricas e obteve aminoácidos -os blocos moleculares essenciais das proteínas
que compõem as células.
"A origem da vida é relativamente simples, e existe uma gama de condições sobre as quais
pode aparecer. Uma vez feitos
os aminoácidos, os outros passos são mais tranqüilos", disse
o cientista numa entrevista em
1996. Decifrar esses passos, porém, continua sendo um dos
maiores desafios da biologia.
Miller, professor da Universidade da Califórnia em San
Diego, tinha sofrido uma série
de derrames cerebrais iniciados em 1999. Após se aposentar, mudou-se para a clínica de
repouso onde morreu.
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