São Paulo, sábado, 24 de agosto de 2002 |
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RIO +10 Das 40 mil pessoas esperadas para evento paralelo das ONGs na África do Sul, só 12.800 se credenciaram até ontem Fórum Global começa com pouco público
DA REDAÇÃO O presidente sul-africano, Thabo Mbeki, abriu ontem o Fórum Global, reunião paralela das ONGs que acontece junto com a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +10) em Johannesburgo, África do Sul. Apenas 3.000 pessoas assistiram ao discurso de Mbeki e só 12,8 mil se cadastraram para o evento -número bem menor que as 40 mil originalmente esperadas. "A voz de vocês precisa ser ouvida. Amandla awethu! ["poder para o povo", na língua xhosa]", disse o presidente ao público presente no estádio Nasrec, na periferia de Johannesburgo. De acordo com organizadores do fórum alternativo, outros 5.000 delegados devem se juntar aos já presentes. Enquanto isso, a cidade sul-africana se prepara para receber os participantes do evento oficial, que começa depois de amanhã. Mais de cem chefes de Estado e governo são esperados, entre eles o brasileiro Fernando Henrique Cardoso, o primeiro-ministro alemão, Gerhard Schröder, o presidente francês, Jacques Chirac, e o premiê britânico Tony Blair. A maior ausência é o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que será representado pelo secretário de Estado, Colin Powell. Conflitos entre a polícia sul-africana e manifestantes do LPM (movimento dos sem-terra do país) levaram à prisão de 77 pessoas, libertadas ontem. O secretário-geral da cúpula, o indiano Nitin Desai, afirmou que a Rio +10 não deverá ser marcada pela assinatura de novos acordos internacionais, mas pela ação. "Queremos nos concentrar não no que as pessoas acham dos problemas, mas em como eles podem ser resolvidos", disse Desai. Uma coalizão de ONGs ambientalistas entregou ontem uma versão satírica do Oscar premiando o "greenwash" (falso ambientalismo) de grandes corporações. A multinacional de petróleo British Petroleum ganhou o prêmio de melhor atriz de "greenwash" por mudar sua marca registrada para uma flor e adotar o contraditório slogan "Além do Petróleo". Com agências internacionais Próximo Texto: Brasil quer impedir recuos, diz ministro Índice |
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