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Apesar de ter sido incorporado apenas anteontem à comissão que investiga o acidente com o VLS-1, o engenheiro Fernando Rizzo, 56, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, disse ter tido uma impressão "muito positiva" dos trabalhos. No entanto, o pesquisador não sabia da entrevista coletiva de ontem em São José dos Campos (SP).
Segundo o engenheiro, foi essa a primeira sugestão dos cientistas, acatada de imediato: dar informes públicos periódicos sobre as investigações.
"Os demais membros se colocaram à disposição para conseguir qualquer informação da qual precisarmos. Deu para perceber que muita informação ainda está no processo de coleta. Seria praticamente impossível ter encerrado o trabalho com apenas um mês de investigações."
Ao lado do físico Carlos Henrique de Brito Cruz, reitor da Unicamp, e do também físico Paulo Murilo Castro de Oliveira, da Universidade Federal Fluminense, Rizzo é um dos pesquisadores indicados por sociedades científicas brasileiras para integrar a comissão.
Para Rizzo, a demora para incorporar os cientistas ao grupo foi natural. "Considerando todo o problema logístico de conciliar as nossas agendas e decidir quem pagava os custos, eu diria que foi até rápido", afirma. "O primeiro dia foi bastante produtivo, e nos familiarizamos com diversos aspectos do lançamento e do foguete."
Para o pesquisador da PUC-RJ, a contribuição dos cientistas para a apuração das causas do acidente deve ser dupla: "Cada um de nós tem um perfil diferente e uma área de atuação diferente, e isso nos permite entender alguns aspectos do problema ligados à nossa experiência", afirma.
"Por outro lado, como representantes das sociedades científicas, estamos lá para tornar o processo o mais aberto possível. Não podemos ter nenhum tipo de comprometimento", diz Rizzo, para quem o trio deve vir a público caso se sinta tolhido. "Mas não foi isso o que sentimos na primeira reunião." (REINALDO JOSÉ LOPES)


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