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Relatividade tem ação em escala de centímetros
Diferença de 33 cm faz relógios "desandarem"
DE SÃO PAULO
Onde quer que esteja, Albert Einstein (1879-1955) deve estar sorrindo. Cientistas
nos EUA acabam de demonstrar que, mesmo em escalas
pequenas, da vida cotidiana,
a teoria da relatividade do
alemão funciona à perfeição.
Entre os vários fenômenos
esquisitos previstos pela relatividade está a distorção do
espaço e do tempo, causada
pela gravidade.
Corpos com muita massa
(o popular "peso"), como um
planeta ou uma estrela, exercem forte atração gravitacional, "dobrando" o espaço e o
tempo ao seu redor, como
um peso de chumbo colocado em cima de um pedaço de
borracha pode amassá-lo.
Na prática, isso quer dizer
que um relógio hipotético colocado 500 km acima da Terra tem tique-taque um pouco
mais rápido do que o de um
relógio que está a 250 km da
superfície. O que está mais
perto da Terra sofre mais a
ação da gravidade terrestre.
Assim, para ele, é como se o
tempo fosse mais lento.
Foi exatamente isso que
Chen-wen Chou e seus colegas do Instituto Nacional de
Padrões e Tecnologia dos
EUA detectaram numa série
de experimentos. Mas, desta
vez, diferenças de centímetros de altura foram suficientes para que o grupo flagrasse efeitos einstenianos.
Em estudo na edição de
hoje da revista "Science",
Chou e companhia mostram
que relógios atômicos separados por 33 cm de altura
passaram a marcar o tempo
de forma diferente.
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