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São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2003

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PANORÂMICA

Paulo Whitaker/Reuters
Imagem de bebê no Japão que Clonaid afirma ser clone

CLONAGEM

Clonaid diz que não deve nada aos cientistas
"A comunidade científica tem expressado uma preocupação legítima, mas eu não devo nada a ela", afirmou ontem em São Paulo a presidente da empresa Clonaid, Brigitte Boisselier. Desde 26 de dezembro, quando teria nascido o primeiro bebê humano clonado, Boisselier evita o assunto.
Demonstrando total desconhecimento sobre a legislação brasileira, ela disse que pretende abrir um laboratório de clonagem humana no país. A prática é proibida no Brasil desde janeiro de 1995 pela lei 8.974, conhecida como Lei de Biossegurança, e pela instrução normativa 8, de 1997, da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança).
Ao contrário do que anunciava antes da visita ao país, Boisselier não mostrou provas de ter clonado um ser humano. Ela se limitou a exibir a foto, na tela de um computador, de um bebê em uma incubadora -suposto clone nascido no Japão, terceiro da safra anunciada da Clonaid.
Boisselier acompanhou o líder da seita, Claude Vorilhon, autodenominado Raël, que veio ao Brasil lançar a versão em português de seu livro "Sim à Clonagem Humana". Segundo Vorilhon, os humanos seriam cópias de extraterrestres que teriam visitado a Terra há 25 mil anos. Ele defendeu os planos da Clonaid: "A ciência são os antibióticos que salvam vidas, é a possibilidade de viver mais". (CRISTINA AMORIM, DA FOLHA ONLINE)


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