|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
China cobra ricos por compromisso em Copenhague
DA REPORTAGEM LOCAL
A China irá para a conferência do clima de Copenhague
disposta a arrancar compromissos concretos de redução de
emissões de gases-estufa dos
países desenvolvidos, afirma a
agência de notícias chinesa Xinhua. Li Gao, um dos principais
negociadores do país na área de
mudanças climáticas, afirmou
que Pequim "não aceitará que
Copenhague termine com uma
declaração política vazia".
Quando as negociações começaram dois anos atrás, a
ideia era que um tratado completo, com força de lei, fosse
forjado na capital dinamarquesa. Contudo, as declarações
mais recentes dos negociadores dos EUA, historicamente o
maior emissor de gases-estufa,
bem como dos anfitriões do encontro, dão a entender que esse
tratado só virá à tona de seis
meses a um ano depois do
evento em Copenhague.
Li, funcionário da Comissão
de Desenvolvimento Nacional
e Reforma da China, diz que o
país considerará a reunião de
Copenhague um fracasso se
não emergir dela um acordo, e
que as negociações até agora
são "seriamente inadequadas".
Nova Zelândia e Austrália
Às vésperas de Copenhague,
a Nova Zelândia aprovou sua lei
nacional a respeito da taxação
sobre gases-estufa emitidos, e a
Austrália está próxima de fazer
o mesmo. Ambas as legislações
estão sendo muito criticadas
por ambientalistas, que as enxergam como uma forma de recompensar os grandes poluidores desses países.
A lei da Nova Zelândia estipula que os emissores de carbono pagarão um preço fixo por
unidade emitida, mas também
ganharão, em troca, créditos de
carbono que poderão ser comercializados para compensar
o novo imposto. O esquema
aprovado pelo país está sendo
criticado porque a agropecuária, responsável por 50% das
emissões neozelandesas, só entrará no sistema de créditos de
carbono a partir de 2015.
Já a Austrália, que deve adotar um sistema parecido, vai
pagar US$ 1,4 bilhão em compensações para sua indústria
do carvão ao longo de cinco
anos, enquanto o setor elétrico
receberá US$ 6,8 bilhões.
O país é o maior exportador
de carvão do mundo, e o combustível gera 85% da eletricidade australiana -motivo pelo
qual o país foge de metas mais
ambiciosas de emissões.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Adiar acordo legal no clima pode ser até vantagem, diz ONU Índice
|