São Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009

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China cobra ricos por compromisso em Copenhague

DA REPORTAGEM LOCAL

A China irá para a conferência do clima de Copenhague disposta a arrancar compromissos concretos de redução de emissões de gases-estufa dos países desenvolvidos, afirma a agência de notícias chinesa Xinhua. Li Gao, um dos principais negociadores do país na área de mudanças climáticas, afirmou que Pequim "não aceitará que Copenhague termine com uma declaração política vazia".
Quando as negociações começaram dois anos atrás, a ideia era que um tratado completo, com força de lei, fosse forjado na capital dinamarquesa. Contudo, as declarações mais recentes dos negociadores dos EUA, historicamente o maior emissor de gases-estufa, bem como dos anfitriões do encontro, dão a entender que esse tratado só virá à tona de seis meses a um ano depois do evento em Copenhague.
Li, funcionário da Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma da China, diz que o país considerará a reunião de Copenhague um fracasso se não emergir dela um acordo, e que as negociações até agora são "seriamente inadequadas".

Nova Zelândia e Austrália
Às vésperas de Copenhague, a Nova Zelândia aprovou sua lei nacional a respeito da taxação sobre gases-estufa emitidos, e a Austrália está próxima de fazer o mesmo. Ambas as legislações estão sendo muito criticadas por ambientalistas, que as enxergam como uma forma de recompensar os grandes poluidores desses países.
A lei da Nova Zelândia estipula que os emissores de carbono pagarão um preço fixo por unidade emitida, mas também ganharão, em troca, créditos de carbono que poderão ser comercializados para compensar o novo imposto. O esquema aprovado pelo país está sendo criticado porque a agropecuária, responsável por 50% das emissões neozelandesas, só entrará no sistema de créditos de carbono a partir de 2015.
Já a Austrália, que deve adotar um sistema parecido, vai pagar US$ 1,4 bilhão em compensações para sua indústria do carvão ao longo de cinco anos, enquanto o setor elétrico receberá US$ 6,8 bilhões.
O país é o maior exportador de carvão do mundo, e o combustível gera 85% da eletricidade australiana -motivo pelo qual o país foge de metas mais ambiciosas de emissões.

Com agências internacionais



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