São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 2002

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Físicos recebem teoria com ceticismo

DA REPORTAGEM LOCAL

Para Mazur e Mottola, a sua teoria das "gravastars" é uma revolução na física. "O que dizemos é que a história dos buracos negros precisa ser modificada", afirmam. Mas, para muitos físicos, a coisa não é tão simples.
"O gravastar é só uma idéia especulativa, enquanto os buracos negros são muito mais que isso", diz George Matsas, físico teórico da Unesp. "Buracos negros não só são objetos incríveis, mas são objetos incríveis que existem na natureza, com 99,9% de certeza."
Até quem aponta problemas com alguns dos inconvenientes teóricos trazidos pelo conceito dos buracos negros está vendo a nova idéia com cautela.
É o caso Gerard't Hooft, da Universidade de Utrecht, Holanda, Nobel de Física de 1999. "Sim, os buracos negros formam um problema para a física, mas a solução não pode ser tão simplista quando a que eles sugerem", disse ao jornal "San Francisco Chronicle".
"A minha opinião é a de que é muito prematuro levar à mídia esse resultado", diz Matsas. (SN)


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